segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sampa 1 – Skye

Este fica na cobertura do Unique, um hotel projetado por Ruy Ohtake.  Isso significa que o  espetáculo começa logo na chegada, com aquela arquitetura toda diferente.  Naquele  lobby moderno e imponente, parecíamos crianças num passeio da escola, deslumbradas com as peças de design despretensiosamente espalhadas, tirando foto de tudo,  nos encantando com cada detalhe minuciosamente planejado pra isso: pra encantar mesmo.  
Nossa intenção  era ir ao bar, mais movimentado,  onde servem as famosas pizzas com a grife Emanuel Bassoleil.  Só que era a intenção de muita gente também,  e a fila já começava na porta do elevador, onde uma mocinha simpática controlava a entrada de cada pessoa, contando de um a um, de acordo com a lotação lá em cima. Quando o deslumbramento com o lobby foi passando, deu um certo desânimo esperar,  pois ia demorar pacas.
Perguntamos pra hostess (é recepcionista de lugar fino, gente!) sobre a espera e fomos informados que pra jantar poderíamos subir direto, porque aquele povo todo queria ir pro bar. Mais que depressa topamos, porque a fome estava ficando feia... e o bom dessa galera é que pra comer todo mundo tá sempre disposto!
E lá fomos nós...  não tem foto de muitos dos pratos aí, selecionei  só as melhores. Resumão: o ambiente nem preciso dizer que era fabuloso,  e a comida deixou todo mundo em estado de graça. A Rubia é que descreveu bem:  a gente faz o pedido e fica aquela ansiedade gostosa no ar;  depois que chega, cada um se delicia e aos poucos todo mundo vai se acalmando, bate um soninho,  e o clima fica quase zen. Êta sensação boa!










Skye – Av.Brigadeiro Luis Antonio, 4700

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Bahia 2 – Terreiro Bahia

Vou ter que falar de moqueca de novo. Fazer o quê, eu sou assim. Chego  na Bahia e só quero moqueca.  Um dia ainda faço um tratado sobre moquecas, com uma retrospectiva das inesquecíveis e um planejamento detalhado daquelas que eu ainda preciso provar.
O Terreiro Bahia fica naquela vilinha muito legal da Praia do Forte. A chef é Tereza Paim,  uma daquelas super premiadas, sabe? Daí a minha curiosidade em conferir. Dessa vez havia um diferencial: banana-da-terra no meio da moqueca! Quando vi, me perguntei logo como eu ainda não tinha pensado nisso antes.  Pela foto dá pra perceber que essa é mais clarinha, talvez com menos dendê ou com um equilíbrio perfeito entre dendê e leite-de-coco. E era individual, o que, confesso, pra mim é uma vantagem, porque aí eu como com gosto e sem preocupação em deixar a outra pessoa com fome. De bebidinha, caipirosca com saquê. Boa, boa.


Olha aí a moqueca de peixe e camarão com banana-da-terra: essa entra no meu tratado


O prato do Cristiano não era assim tãããooo baiano, era mais contemporâneo, e ótimo também. Olha que foto apetitosa.


Camarão grelhado com molho de mangaba: contemporâneo com toque regional

E a sobremesa? Aquela máxima de que a gente come com os olhos é verdade mesmo, viu? Era tão linda, tão chique! Foi a nossa última refeição na Bahia e fechamos com chave de ouro essa que foi uma das viagens de maior prazer gastronômico  que já fizemos.


 
Pudim de tapioca com frutas e calda de champagne: chiquetê gostoso




 Terreiro Bahia – Rua do Linguado, s/nº Praia do Forte

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Bahia 1 - A Sombra da Mangueira

Até que enfim consegui ir . Fazia tempo que eu ouvia falar desse restaurante. Que era muito simples, que era meio escondido, que era barato, que a comida era maravilhosa. Depois de tantos anos  indo e vindo pela Costa dos Coqueiros , na Linha Verde, aquela excelente estrada rumo ao Litoral Norte da Bahia, eis que a Gisele me fala de um restaurante imperdível, num vilarejo próximo, que a gente não podia deixar de ir, e na hora eu soube que era ele.
A comida é regional, e a especialidade é a indefectível moqueca.  Sei não, mas às vezes acho que moqueca é meu prato predilieto. Da culinária baiana, moqueca e acarajé são verdadeiros xodós pra mim. Tem o feijão de leite também, mas a gente não vê muito por aí, então acabo comendo só de vez em quando mesmo, na casa da sogra.
O restaurante, como o nome diz,  fica à sombra de uma grande mangueira, tanto que tinha até uma rede acima das nossas cabeças pra aparar as mangas que eventualmente caíssem. É bem rústico e simples, piso de areia, bancos de madeira. Tem uma área coberta também, mas o charme é ficar debaixo da árvore, lógico. Sentamos ali e imediatamente pedimos as bebidas. A minha foi a recomendada caipirosca de mangaba. Copão grande, bastante fruta. Boa, mas o melhor ainda estava por vir:
A moqueca. O pirão. A farofa. “De macumba”, como diria meu pai. Amarela escura, carregada no dendê. A legítima “farofa de macumba”, muito mais saborosa, tem que ser amarela escura. Uma moqueca dá pra duas pessoas, mas quase não deu, de tão boa que estava. Repara na foto, quando olho dá até saudade. Depois de devorarmos todos os camarões, ficou só aquele caldinho maravilhoso, e eu continuei comendo só o caldo com a farofa, a farofa com o caldo, o caldo com a farofa, a farofa com o caldo... verdadeiro banquete dos deuses.


Moqueca de camarão: essa é boa até sem camarão!

E o preço é barato mesmo. Daqui por diante, sempre que passar pela Linha Verde, quero parar lá. Agora eu já sei: fica depois da Praia do Forte e antes da Costa do Sauípe.

A Sombra da Mangueira – Vilarejo de Diogo, s/nº acesso pelo km 68 da Linha Verde