terça-feira, 31 de agosto de 2010

Català?

Semaninha de férias em Barcelona, tentando falar portunhol e sem a menor pretensão de entender a doideira que é o catalão. Estou registrando as boas descobertas e semana que vem conto tudo!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

DuduBar

Tem lugares em que a satisfação é garantida. Os restaurantes do Dudu Camargo são assim. Nem sei quantas casas ele tem em Brasília, mas todas que conheço são muito boas. Vai de pizzaria a restaurante refinado. O Dudu Camargo da 303 sul é uma das melhores. Dentro, restaurante com decoração sóbria. E no andar superior, um espaço para festas fechadas. Fora, bar descontraído, com uma árvore – figueira? - cheia de lanterninhas, sofás com almofadas, ambiente muito legal. E, se quiser, você pode jantar/almoçar lá fora mesmo.

O cardápio é extenso e variado. À medida em que você vai lendo, vai batendo um misto de indecisão e ansiedade, mas é uma sensação gostosa, porque são muitas as opções de dar água na boca. Pra começar, tem uma infinidade de caipiroscas exóticas, refrescantes, dá vontade de provar todas. Provamos duas, muito boas. São bem carinhas, mas levam duas doses de uma vodca russa, com um nome bem russo, daqueles cheio de consoantes, que eu não decorei. Vale a pena pedir pelo menos uma dessas.

Como não queríamos demorar, pedimos logo o prato dos meninos e em seguida o nosso. Vale destacar o ótimo atendimento à ala infantil da mesa. Pra mim, com dois pequenos, conta muito . Aliás, esse assunto merece um post: ótimos restaurantes onde crianças são bem-vindas. Mas fica pra depois.

Não pedimos couvert nem entrada, mas valeu segurar a fome um pouquinho porque o prato estava simplesmente perfeito. Camarões grelhados passados na farofa de amêndoas com molho de queijo brie e favos de mel e risoto de frutas vermelhas pra acompanhar. Só de lembrar já fico querendo mais. Tem foto. Tirada com o celular, a resolução não está muito boa. Mas se apertar a vista dá pra ver até os favos de mel. É, tinha favos de mel de verdade. E uns cinco ou seis camarões grandes. Puro delírio.

A sobremesa foi boa, mas nada que ofuscasse o brilho do prato principal. Nem fotografei. A conta foi bem salgada, uma média de 100 reais por pessoa, inclusive as crianças! Como lá é a casa mais – como diria Julia Petit – phyna do Dudu, é a mais cara também. Ainda bem que minha mãe foi junto! Mas vale a pena o gasto. Saímos todos serelepes de lá, e com uma conclusão: Dudu Camargo é o cara.


Olha isso! Deu pra ver os favos de mel?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Happy Sunday

Domingão em casa. Bom demais. O melhor de ir à missa no sábado é que o domingo parece maior. Só nós quatro , e agora? E o almoço? Pros meninos foi fácil, tinha arroz e carne na geladeira, ufa! Eu e o Cristiano fomos salvos pelo Sergio Arno. Massa deliciosa, marca La Pasta Gialla. Só um papardelli e o molho de tomate, simples e caseiro. Gente, se eu cozinhei e ficou bom, é porque o produto é de excelente qualidade e é muito fácil de fazer. Detalhe importante: o molho também era pronto, só esquentar, mas não era tipo Pomarola, não. Também era caseiro, com pedaços grandes e suculentos de tomate. E ainda teve um Moscatel do Douro pra acompanhar. Em Portugal serviam no copo mesmo, e com pedras de gelo dentro. Fizemos o mesmo e ficou ótimo.


Mas a sobremesa foi um caso à parte. Inventei na hora. Demos água-de-côco pros meninos e a casca do côco ficou lá, em cima da pia, olhando pra mim... Me lembrei do maravilhoso doce de leite que o Biel e a Mila trouxeram de Buenos Aires. Aliás, a única coisa que eu acho que os hermanos fazem melhor do que nós, fora o vinho, é o doce-de-leite. Essa marca também eu recomendo, e é super fácil de achar por lá: Patagonian Life.


Pois lembrei do doce e foi aí que tive o insight: doce-de-leite no côco! Pra ir comendo junto, aquela carninha branca com o doce, de colherada! Taí a fotinha pra vocês verem. Fica lindo, rústico e gostoso! Restaurantes chiques de litoral: podem copiar à vontade, nem vou cobrar direitos autorais. Mas não se esqueçam do doce-de-leite argentino, hein? Dá uma sofisticação a mais.


Domingo bom... preguiça, comidinha gostosa, só felicidade. Pra quê mais?

Doce-de-leite argentino na polpa do côco verde: delícia rústico-chique

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Taypá - Sabores del Peru

É o novo peruano de Brasília. E bem badalado. Eu disse novo? Novo ou único? Um amigo me disse que já tem o El Paso peruano, do David Lechtig, mas ainda não conheço. Confesso que cheguei lá acidentalmente. Estávamos ali, na QI 17 do Lago Sul, que por sinal está se tornando um novo pólo gastronômico da cidade – que bom - ! e calhou de entrarmos lá.


Ignorante que sou sobre a cozinha peruana, pois nem ceviche já provei antes, a princípio achei o cardápio um pouco estranho. A bebida que o garçom trouxe assim que nos sentamos eu conhecia sim, mas do Chile: Pisco Sour. Parece que é como a cachaça deles. Feito de aguardente de uva com limão. Tinha boas recordações do Pisco. E, realmente, não decepcionou. O garçom, atento á minha satisfação, rapidamente trouxe o segundo. Ponto pra eles.

Pois eis que no meio do segundo copo percebi que era melhor parar por ali. Lembrei que ,afinal, era pinga, né? E não num copinho de pinga, mas num copo bem maior e mais gordinho. Pulei pra água. Mineral, sem gás.

Mesmo tendo vontade de provar o tão falado ceviche, ainda não foi desta vez. Oportunidades não faltarão, já que pretendemos voltar. Aproveitamos o couvert de mini-ciabatta quentinha e uma pastinha deliciosa, de queijo com legumes e especiarias. Daí partimos direto para o prato principal: eu pedi um salmão grelhado com camarões ao molho teriaky, o Cristiano pediu um filé com um molho típico, com arroz branco e uma batata frita que mais parecia mandioca. Pra ele, adepto da cozinha mais tradicional, era o ideal.

E tudo estava muito saboroso. A carne vermelha (claro que eu comi um pedaço, eu sempre faço isso) estava divina. O salmão vinha num formato redondinho, como um pudim. E com o surpreendente recheio de risoto de quinoa! E os camarõezinhos do lado, pra acompanhar. Lindo! Pena que não tirei foto – é a inexperiência gente, foi mal!

Dispensamos a sobremesa, mas passei os olhos no menu e havia várias opções atraentes. Fica pra um dia menos corrido. No fim, saldo positivo, pois ficou a vontade de conhecer a cozinha peruana mais a fundo, e naquele lugar: bonito, bem decorado, com ótimo serviço e boa comida.

Começando...

Desde pequenininha saio pra comer fora. Desde o tempo em que eu era Toco. É, Toco. De gente. Era assim que meu pai me chamava. Ele sempre gostou de ir a restaurantes. Nem sempre o convite pra jantar era extensivo a mim, mas, quando podia, ó o Toco lá aprendendo que bacalhau é comida portuguesa, vatapá é da Bahia, kafta é árabe, e assim por diante. De lá pra cá tomei gosto e até hoje meu programa predileto envolve comida. Ir ao cinema assim sem nem um lanchinho depois? Nem pensar! Pra mim a atração principal nunca foi o filme em si, mas o pacote completo do programa. E nada de pipoca durante a sessão, que é pra não estragar a fome. Na adolescência, quando gostava de boate, sempre preferia aquelas com esquema chegar-cedo-pra-jantar-e-só-mais-tarde-a-balada-começa.


Não me considero uma entendedora de gastronomia, porque geralmente quem sabe do assunto sabe também cozinhar, e das panelas eu passo longe. Cozinhar, no meu caso, é como dançar: admiro quem sabe, acho lindo, mas é que não levo jeito mesmo. Quem sabe um dia aprenda. A cozinhar, que fique claro. Aprender a dançar eu considero meio impossível. O fato é que gosto mesmo é do resultado do cozinhar, não me interesso tanto pelos meios, e sim pelo fim, pelo prazer proporcionado por aquele prato, aquele restaurante, aquilo tudo que envolve o ato de comer.

Durante a semana eu tento me controlar. Meus antecedentes familiares não são muito animadores, tenho risco de ficar diabética no futuro, e na minha casa todo mundo sempre foi meio – como dizer – roliço! Por isso me cuido. Mas no fim de semana sempre me permito um pouco mais, aí, de segunda até sexta à noite, haja academia e dietinha da nutricionista. Aliás, é por isso que resolvi chamar esse blog de furando a dieta. Porque os comentários que vou fazer aqui sempre serão oriundos de um fim-de-semana feliz e gourmet. Ou de umas boas férias, claro.