domingo, 26 de dezembro de 2010

NYC – Guia rápido

Na “Big Apple”,  ficamos bem no miolo do que se convencionou chamar  “o centro do mundo”:  em plena Times Square, onde a noite vira dia,  com a  quantidade absurda de  luz, o comércio aberto até de madrugada e as ruas lotadas de gente de todo canto do mundo, apesar do vento cortante e gelado nessa época do ano.  Pois é esse ritmo deliciosamente frenético que inspira esse post. Sem detalhar muito, aqui vão apenas pinceladas dos lugares onde voltaríamos para comer em NY. Vários deles tem endereços diversos pela cidade, mas aqui estão as referências de onde realmente estivemos.

Bill’s Bar & Burger: hambúrgueres feitos com competência e sabor, ótimos drinques e excelente atendimento. Lugar movimentado e bem animado. Valeu a pena a espera pra sentar.
16 West 51st Street at Fifth Avenue

Planet Hollywood: um clássico que todo mundo já conhece, com suas relíquias de filmes espalhadas nas paredes e penduradas no teto. Só pelo Home Alone, deliciosa bebida feita de uma combinação de banana e morango, já vale a pena, mas a comida também é boa.
45th & Broadway in Times Square

Olive Garden: italiano bom e farto. Aconselho pedir um prato pra dividir, pois o pedido  já inclui uns pães saborosos e uma saladinha.
2 Times Square

Landmarc: caímos lá meio sem querer, nossa intenção era ir ao A Voce, mas já eram 3 da tarde e não estavam mais servindo pro almoço. Porém, demos sorte: o filé mignon estava delicioso. Eu e Cristiano  aprovamos o drink com Freixenet, e os meninos aprovaram  o algodão-doce de cortesia.
10 Columbus Circle at The Time Warner Center – 3rd Floor

A Voce: fomos persistentes e voltamos pra jantar na noite seguinte. Foi o menos americanão e o melhor de todos (coincidência?!?!). Este italiano refinado, ao estilo do Gero de São Paulo, tem clientela local, não é lugar de turista. Chegamos tarde de novo e não fomos muuuiito bem recebidos, a cozinha já estava pra fechar e  o maitre não escondeu o suspiro de alívio quando dissemos que os meninos não iriam comer nada. Mas valeu muito a pena pela qualidade da comida.
10 Columbus Circle 3rd Floor – no extremo oposto ao Landmarc

Junior`s: vá  só pra comer o cheesecake, famoso na cidade.
1515 Broadway #1

Carrocinhas de cachorro quente: São uma verdadeira instituição nova-iorquina, e tecnicamente o hot dog é ruim: só pão e salsicha, sem molho, no máximo mostarda e catchup. Se fosse pra comer um desses no Brasil,  nao gostaria, mas, inexplicavelmente, lá eu achei ótimo. Os meninos comiam com um prazer imenso, e eu entrei na onda também. Você  pode até não gostar, mas tem que provar!
Espalhadas por quase todas as ruas de Manhattan

Pra finalizar, um conselho: Não caia de boca em todas as batatas fritas que cruzarem seu caminho, pois serão muitas. Deixe um espacinho pra se fartar com os Godivas e Lindts que aparecerão na sua frente também.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Casamento do Kalinin e da Bruna

Mais um casamento-arraso. Que bom!
A grande novidade (gastronômica) desse casório, que eu tinha que compartilhar, foi o bolo. Em uma mesa beeeem comprida ficavam diferentes tipos de massa de pão-de-ló, recheios, frutas e coberturas, pra gente montar como quisesse. Quando o Fabio e a Dani vieram pra mesa, felizes da vida, e contaram como era o esquema,  eu não acreditei!  Simplesmente incrível, porque a variedade de opções era imensa. Não sei se vou saber explicar direito, dá uma olhada na foto pra ter uma noção melhor. Funcionava assim: você escolhia o(s) tipo(s) de massa que queria, depois o(s), recheio(s), a(s) fruta(s), a(s) cobertura(s) e ... tchan-rã: um bolo personalizado, exatamente ao seu gosto! Eles regavam a tirinha de pão-de-ló escolhida com uma solução de água com açúcar, então ficava aquele bolo molhadinho por dentro, que todo mundo gosta. Tinha massa de chocolate preto, branco, crocante, de laranja, de pistache, nozes etc, e depois doce-de-leite, baba-de-moça, trufa de maracujá, brigadeiro, côco com leite condensado, ameixa, damasco, uva, cereja, morango, pêssego; gente, era coisa que não acabava mais! Escolhi pão-de-ló de pistache e de chocolate branco, doce-de-leite e trufa de maracujá, cerejas, e cobertura de brigadeiro! Só não voltei pra comer mais e mais fatias  porque os docinhos também estavam sensacionais. Já pensou você comer diferentes bolos de casamento na mesma festa? Nunca tinha visto nada igual, e reparei que essa ideia fantástica foi da Maria Amelia doces. Ponto pra ela, doceira das mais conceituadas de Brasília, inovando no seu negócio. Mais uma excelente dica para as noivas!


Bolo personalizado: criatividade sem limites


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Casamento da Rubia e do Marcelo


Nossa expectativa era tanta que o dia custou a chegar, até que  chegou. E lá fomos nós. Vitória, Espírito Santo. O esperado casamento da Rubia.
Resumindo a festa pra vocês sentirem o gostinho:
Local: chiquérrimo.
Coquetel: maravilhoso.
Jantar: maravilhoso.
Mesas de doces: esplêndidas!!!!!!!!!!!! Pronto, cheguei onde eu queria, sou formiga mesmo. Notaram o plural? Mesas, não era só uma não. A variedade era imensa, a quantidade exorbitante, o que tornou impossível  meu propósito de provar um de cada e repetir os melhores. Já saí daqui  sabendo da mesa de brigadeiros gourmet, e me encantei por aquele sonho em forma de chocolate. Apreciem as fotos e considerem que estava tudo tão bonito quanto gostoso. Mocinhas casadoiras, aproveitem as ideias.


Mesa no 1º salão: comoção coletiva logo na chegada


Mesa no 2º salão: ok, também adoro rosas, mas prefiro os doces


Coração com renda de chocolate: o amor é lindo, não?


Um festão desses só podia ter um clima ótimo e gente bonita e animada: nós! (Hehehe, quem foi sabe quem somos “nós”!)
Rubia e Marcelo merecem ser muito felizes. E serão.

Zuu aZ dZ – Festival Internacional

Mara Alcamin há tempos monopolizou a 210 sul, com o trio Zuu - Universal -  Quitinete. Os dois últimos ficam pra posts futuros. Quanto ao Zuu, sempre gostei de lá. Tem aquele conceito de slow food que nem é muito a minha praia, mas a comida é maravilhosa. E o ambiente também é muito legal, bem moderninho, com decoração contemporânea.
Pois eis que recebo um e-mail do Zuu, sobre um tal  Festival Internacional. Funcionava assim: você escolhia um país (eram muitas opções, bem variadas) e pagava módicos R$ 39,90 pelo prato principal mais a sobremesa. Barato! Pro Zuu, então, baratíssimo!
Meu país foi a Índia: frango com curry e arroz basmati  (confesso que não vi muita diferença pro nosso arroz,não) e, de sobremesa, sorvete de cardamomo e coalhada queimada. Bom, mas não excepcional. O destaque da noite em termos de prato principal foi  do Cristiano, que escolheu a Itália: escalope de vitelo recheado com presunto de Parma e fettuccine Alfredo. Perfeito, padrão Zuu  mesmo. Na minha opinião, deveria até ir pro cardápio da casa, fora do Festival. A foto não faz jus à delícia da comida (ainda não me acostumei à vida de blogueira, sempre esqueço a máquina e tenho que usar o celular), mas taí.

Escalope de vitelo recheado com presunto de Parma e fettuccine Alfredo: quero ir pra Itália agora!
O inusitado da noite foi que levamos os meninos. Levar criança pra um restaurante desse estilo, no jantar, não é tarefa das mais fáceis, mas nos saímos muito bem. Primeiro, porque, sem corujice, eles sempre   quase sempre se comportam bem  - são civilizados, enfim. Também usamos de prudência e fomos bem cedo, direto da saída da escola. Segundo, porque o atendimento foi impecável. O garçom foi muito educado e paciente com eles. Aliás, isso também é  assunto pra  outro post: bons restaurantes onde crianças são bem-vindas.
E  o destaque da sobremesa foi pro Felipe. O país dele era o Brasil. O prato era  picadinho de carne, e pra fechar, um singelo brigadeiro de colher, mas tão-tão-tão bem-feito, tão bom, que eu fiquei tentando roubar e ele virando de costas pra mim, protegendo o potinho como se fosse a coisa mais valiosa do mundo. E já me disse que quer voltar lá pra comer aquele brigadeiro de novo. Que orgulho, puxando a mamãe!!!
Lamentei que só fui  ver o e-mail quando o Festival já estava  pra acabar, pois teria ido mais vezes se pudesse. Se alguém  conhece a Mara Alcamin, fala pra ela fazer de novo! Se bem que o Zuu vale a pena ir sempre, com ou sem Festival Internacional.

Zuu  aZ dZ
210 Sul

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dieta do Chá

Não é sobre restaurante, é só um e-mail que eu recebi da minha amiga blogueira Dani, do "Diário de Nirdinha", dizendo que é a minha cara. E, pulando a parte da rabada e da cerveja, é mesmo!



Lasanha... chá comigo
Salada... chá pra lá 


Picanha... chá comigo
Carne de soja... chá pra lá


Rabada... chá comigo
Peixe grelhado... chá pra lá

 

Feijoada... chá comigo
Sopinha... chá pra lá

 

Cerveja.... chá comigo
Chazinho... chá pra lá

 

Açúcar... chá comigo
Adoçante... chá pra lá

 

Buteco... chá comigo
Academia... chá pra lá 

 
         
Rodízio... chá comigo
Spa... chá pra lá
                                                                                                  
 
"VOCÊ NASCE SEM PEDIR E MORRE SEM QUERER.
ENTĂO APROVEITA O INTERVALO."

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Hamburgueria Gourmet


Fazia muito tempo que eu queria ir. Sabe quando você quer sair mas fica meio sem saber pra onde? Pois é, nessas horas eu nunca me lembrava de lá. Até que num sábado ou domingo a gente foi levar os meninos (tá bom, não foi só pra levar os meninos não) ao McDonald’s lá do Deck Brasil e eu fiquei perambulando por ali, até que cheguei na porta da Hamburgueria Gourmet e dei uma olhada rápida no cardápio. Pois na segunda-feira seguinte, véspera de feriado, após o ótimo “Tropa de Elite 2”, finalmente me lembrei de lá.
Mas como já estava tarde, fomos direto ao ponto. O Cristiano pediu um Milk shake (de pistache!) sensacional. Só não ponho a foto porque não ficou boa mesmo, não está fazendo jus à delícia que é.  O copo não é daqueles tradicionais de Milk shake, é menorzinho. Deu uma vontade de pedir mais um...
Pra comer, a minha escolha foi hambúrguer de cordeiro com geleia de menta. Vem com fritas, que eu não comi, em nome da dieta (afinal, era segunda-feira ) e tem um tamanho bem grandão. Muito bom. Desse tem uma foto melhorzinha, olha aí.

Hamburguer de cordeiro com geleia de menta: fast food gourmet
Com certeza voltaremos lá. Quem sabe, da próxima vez que a gente for ao Deck, a gente passe no McDonald’s com os meninos e eles passem no sandubão gourmet com a gente.

Hamburgueria Gourmet
Shopping Deck Brasil – QI 11 Lago Sul

 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Faisão Dourado

É um dos botecos mais tradicionais de Brasília. Não sou muito de ir a boteco, não bebo cerveja. Só gosto de ir  naqueles com boa comida, o que é o caso do Faisão. Porque comida de boteco, quando é boa, é boa mesmo. E tem que ser assim, ou não valeria a pena comer aquelas delícias que chegam à mesa nadando no óleo. Eu sei, é contraditório, vem tudo nadando no óleo (olha a foto) e mesmo assim é gostoso. Sempre lembro do meu pai querendo fazer graça e dizendo  que óleo velho é que deixa  gosto bom, que não precisa ficar trocando toda hora não. Será que ele tinha razão? Porque  será que as frituras que a gente faz em casa não ficam tão gostosas quanto essas que a gente come na rua? 
Sendo um verdadeiro patrimônio brasiliense, o Faisão Dourado já ganhou como Melhor Carne da cidade no guia da Veja uns anos atrás. Tudo bem, isso deve ter sido antes de Porcão, Fogo de Chão e afins chegarem aqui. Mas de acordo com a opinião de um amigo expert em carne, o file mignon de lá é, sem dúvida, o melhor da cidade e talvez até do país! Caramba! Particularmente, não sei se chega a tanto, mas é bom pacas.
Pedimos uma picanha acompanhada de arroz, fritas, farofa de ovo e vinagrete. Vem com bastante cebola e a grossa camada de gordura derretendo pra deixar tudo mais saboroso. Quanto ao ambiente, é de botecão, pé-sujo mesmo, não dá pra esperar muito conforto, muito menos higiene exemplar. Nem tive coragem de usar o banheiro... ainda bem que, como já disse,  não bebo cerveja!
 Vale a pena pra descontrair e comer simples, gostoso e barato. Eu recomendo.



Picanha: eta óleo bom!



Faisão Dourado – 314 Sul






segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Última de Barna – La Tagliatella

Curiosidade explicativa sobre o título: é Barna mesmo. Barça é o time, Barna é a cidade.
Mas vamos ao que interessa: quase demos a maior bobeira e deixamos passar batido esse ótimo local. Só porque não estava em nenhum guia, em nenhum blog que consultamos. Só descobrimos o lugar na penúltima noite. Como era bem em frente ao nosso hotel, percebemos que estava sempre cheio de gente. E o bairro em que estávamos não era turístico, mas residencial, então achamos que era um bom sinal de qualidade.  
É um italiano típico, na comida e na decoração. Ambiente com uma simplicidade agradável e muito descontraído, cheio de jovens. A garçonete que nos atendeu era simpática e paciente. Pra última noite na cidade tínhamos programado um lugar  da moda, de cozinha catalã contemporânea e com um desses chefs estrelados.  Mas gostamos tanto do tal italiano que deixamos a badalação pra lá e resolvemos não trocar o certo pelo duvidoso: repetimos o lugar da noite anterior.
As fotos são da primeira noite, uma entradinha deliciosa: Uma das focaccias tinha até presunto de pato, que o Cristiano  só topou pedir porque não sabia que era de pato. Eu também não tinha reparado no detalhe, mas depois confirmamos com a garçonete, fazendo “quá-quá” e tudo. Nem jantamos, porque pedimos entrada duas vezes; então, não cabia mais, mesmo. O jantar da noite seguinte foi muito bom também, um rigatone com um delicioso molho de creme de leite e tomate seco com pistache. De sobremesa, comi um autêntico tiramisu, muito bem feito. No geral, é bem parecido com o tradicional Famiglia Mancini, de São Paulo. Quem conhece sabe bem o que estou falando.



Além das inesquecíveis focaccias, ainda tinha essas mini-azeitonas com um sabor muito delicado
 
Se for a Barcelona novamente – tomara! – com certeza irei lá pelo menos mais uma vez. Lição aprendida, que compartilho com vocês: antes de viajar, leia sobre o local, pegue dicas na internet, com os amigos, enfim, sugue a experiência alheia. Eu mesma adoro fazer isso, acho que a viagem já começa um pouco aí. Mas não deixe de ouvir a sua intuição, de ter a sua experiência. Muitas vezes vai valer a pena.

La Tagliatella – tem 2 endereços:
Av. Diagonal, 431
Travessera de Grácia, 87

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Barcelona 4 - Um oásis no meio da confusão

Essa dica eu peguei no Portal de Turismo do Ig e valeu a pena. Dizia assim: fica entre a Catedral e a igreja de Santa Maria Del Pí. Nem chegamos a ir nessa última, mas era a referência que tínhamos. Pois bem no meio do Bairro Gótico, daquele movimento todo  nos arredores da Catedral, tem uma ruazinha estreita e sinuosa, que passa quase despercebida, inesperadamente calma. É lá que fica a Caelum – lojinha linda e simpática que vende produtos confeccionados por monges e freiras enclausuradas. Tem um pouco de tudo: biscoitos, geleias, licores, chocolates, pães, bolos e otras cositas más, como até ouro em pó comestível!
Lá dentro tem um café com dois ambientes, um no subsolo, com ar de caverna, luz de velas e tal, e outro no andar térreo, com vista pra rua. Vale a pena descansar do circuitão turístico ali, saboreando, sem pressa, uma torta de figo e um mosto – suco de uva verde – que depois descobrimos ser uma exceção à regra da casa, pois era industrializado! Comemos também um pão de alho com queijo e geléia de tomate, delicioso. O lugar é uma graça, olha a fotinha da fachada.
E bem ao lado tem a Orolíquido, de azeites e produtos diferenciados, inclusive cosméticos, à base de azeitonas. Tem uns chocolates muito legais também, com frutas incrustadas e até com rosas e lavanda. Trouxemos seis barras, de sabores diferenciados,  pra comer devagarzinho. Já provamos o de framboesa, é ótimo. Tomara que os outros também sejam.



Caelum:  celestial


Caelum – Carrer de la Palla, 8
Orolíquido – Carrer de la Palla, 8 – também!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Barcelona 3 - Post rápido para um lanche rápido

Já tinha ouvido falar que Barcelona parece um pouco com o Rio – no clima, no astral de cidade de praia. Também achei parecida. Lá eu andava de legítimas havaianas nos pés, assim como na capital carioca, com a maior naturalidade. E lá também  achamos uma daquelas ótimas lanchonetes de sucos naturais, que pipocam em cada esquina da zona sul do Rio.
Sabores variadíssimos, sucos coloridíssimos, com nomes de praias e balneários, inclusive cariocas, e gostosos de verdade. Também tem crepes e sanduíches. O bom é a criatividade do nome do estabelecimento, dá uma olhada no letreiro:

Engraçado, né?


Jugolandia
Travessera de Gràcia, 114

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Barcelona 2 - Amorino: Delícia gelada

Sorvete italiano em Barcelona. Será que presta?

Lugar muito bonitinho, mas num ponto um pouco turístico demais pra ser realmente bom: entre a Catedral e as Ramblas. Pois prestou, sim! Uma plaquinha lá dentro dizia: sorvetes artesanais, com ovo biológico (deve ser caipira, eu acho), leite fresco e frutas naturais.

O atendimento era bem simpático, e, como no Brasil, podia provar à vontade. Provei poucos e escolhi rapidamente: amarena, uma bolinha só. Na hora de servir, a moça avisou que mesmo o copinho sendo o menor de todos, podia misturar sabores. Pedi o de nozes também, pensando que ia vir só um pouquinho de cada, dando uma bola no total; mas não, na verdade foram duas generosas bolas.

As fotos são do balcão com a variedade de sabores e do lindo cardápio que tem na parede. Uma delícia pra aplacar o calor do fim de verão, com muito estilo.

Amorino
Carrer de La Portaferrissa, 7

Balcão: apetitoso 

Cardápio: variedade de sabores


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Barcelona 1 - Citrus

Taí, primeiro post catalão:
Saímos pra ir ao Tapa Tapa, indicado como um dos melhores bares de tapas da cidade. Chegamos tarde, 11 e tanto da noite. Cozinha fechada, garçons loucos pra ir embora. Resultado: má-vontade geral e um “pra comer só o que já está no bar aí” e também um “não pode mais sentar nas mesas, somente no balcão”, bem malcriados. Que pena. Sempre ouvimos falar que Barcelona é uma cidade notívaga, achamos que não eram rígidos com horário assim. Ainda arrisquei sentar e ver, afinal, o que tinha no bar, pois as indicações eram as melhores. Até pensei em pedir um pa amb tomaquet, só pra experimentar aquele que é considerado simplesmente o melhor de Barcelona. Havia dois, um pra cada um, dava certinho. Só que eles estavam lá tão abandonados que o Cristiano – ainda bem – rapidamente me demoveu da ideia, e saímos assim meio sem rumo, sem objetivo.

Olhamos em volta. Nada. Atravessamos a rua e já estávamos pensando em sair da região quando o Cristiano falou “ué, ali em cima não é um restaurante?” E era! Um lugar grande, bem arrumadinho e com clientes ainda sendo servidos. Ao lado do Tapa Tapa, como não vimos antes? Atravessamos a rua e demos uma olhada no cardápio da porta. Logo nos animamos , apesar dos nossos trajes um pouco simplesinhos demais para aquele tipo de local.

Bingo! Acertamos em tudo! Lá também tinha um ótimo pa amb tomaquet (é um pão com alho esfregado, tomate e azeite de oliva, delicioso!), então resolvemos que iríamos jantar também. Com vinho, lógico! Pedimos uma indicação ao garçom, mas não conseguimos nos entender muito bem, numa mistura de castellano, que não sabemos falar, portunhol e inglês, que ele falava pior do que nós. No fim, veio um tinto Enate a 20 euros, que depois vimos no Mercado de La Boquería a 7. Paciência, é assim mesmo. Tomamos quase toda a garrafa, mas não era muito nosso estilo, não.

O legal é que o cardápio era em várias línguas, então dava pra ir catando uma palavra em castellano, outra em inglês, aí deu pra entender bastante coisa. Nós dois pedimos vitelo. Excelentes! A descrição dos pratos tá na legenda das fotos, olha que delícia!

As sobremesas foram boas também, apesar da casquinha de açúcar da crema catalana estar um pouco queimada demais. Tem fotos também, antes dos pratos.

Na volta, metrô fechado, e nosso bilhete não valia pra andar de ônibus naquele horário. Fomos barrados na porta do busão, mas nem nos importamos, fomos a pé mesmo, à uma e meia da madruga, numa passada rápida pra queimar as calorias e numa alegria só, um pouco por conta do vinho, e muito pelo inesperado da coisa, pela satisfação de termos descoberto, sozinhos, um lugar tão bacana numa cidade tão bacana.

Citrus
Passeig de Gràcia, 44

Crema catalana (é tipo um creme brulée) com calda de frutos do bosque


Mil folhas de chocolate amargo com espuma de maracujá e calda de melocotón - é uma frutinha de lá

Medalhão de vitelo com saquinhos de brie quente e molho não-me-lembro-de-quê, com batata bem fininha


Entrecôte de vitelo grellhado com molho foie e gratin de batatas com ciboulette






terça-feira, 31 de agosto de 2010

Català?

Semaninha de férias em Barcelona, tentando falar portunhol e sem a menor pretensão de entender a doideira que é o catalão. Estou registrando as boas descobertas e semana que vem conto tudo!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

DuduBar

Tem lugares em que a satisfação é garantida. Os restaurantes do Dudu Camargo são assim. Nem sei quantas casas ele tem em Brasília, mas todas que conheço são muito boas. Vai de pizzaria a restaurante refinado. O Dudu Camargo da 303 sul é uma das melhores. Dentro, restaurante com decoração sóbria. E no andar superior, um espaço para festas fechadas. Fora, bar descontraído, com uma árvore – figueira? - cheia de lanterninhas, sofás com almofadas, ambiente muito legal. E, se quiser, você pode jantar/almoçar lá fora mesmo.

O cardápio é extenso e variado. À medida em que você vai lendo, vai batendo um misto de indecisão e ansiedade, mas é uma sensação gostosa, porque são muitas as opções de dar água na boca. Pra começar, tem uma infinidade de caipiroscas exóticas, refrescantes, dá vontade de provar todas. Provamos duas, muito boas. São bem carinhas, mas levam duas doses de uma vodca russa, com um nome bem russo, daqueles cheio de consoantes, que eu não decorei. Vale a pena pedir pelo menos uma dessas.

Como não queríamos demorar, pedimos logo o prato dos meninos e em seguida o nosso. Vale destacar o ótimo atendimento à ala infantil da mesa. Pra mim, com dois pequenos, conta muito . Aliás, esse assunto merece um post: ótimos restaurantes onde crianças são bem-vindas. Mas fica pra depois.

Não pedimos couvert nem entrada, mas valeu segurar a fome um pouquinho porque o prato estava simplesmente perfeito. Camarões grelhados passados na farofa de amêndoas com molho de queijo brie e favos de mel e risoto de frutas vermelhas pra acompanhar. Só de lembrar já fico querendo mais. Tem foto. Tirada com o celular, a resolução não está muito boa. Mas se apertar a vista dá pra ver até os favos de mel. É, tinha favos de mel de verdade. E uns cinco ou seis camarões grandes. Puro delírio.

A sobremesa foi boa, mas nada que ofuscasse o brilho do prato principal. Nem fotografei. A conta foi bem salgada, uma média de 100 reais por pessoa, inclusive as crianças! Como lá é a casa mais – como diria Julia Petit – phyna do Dudu, é a mais cara também. Ainda bem que minha mãe foi junto! Mas vale a pena o gasto. Saímos todos serelepes de lá, e com uma conclusão: Dudu Camargo é o cara.


Olha isso! Deu pra ver os favos de mel?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Happy Sunday

Domingão em casa. Bom demais. O melhor de ir à missa no sábado é que o domingo parece maior. Só nós quatro , e agora? E o almoço? Pros meninos foi fácil, tinha arroz e carne na geladeira, ufa! Eu e o Cristiano fomos salvos pelo Sergio Arno. Massa deliciosa, marca La Pasta Gialla. Só um papardelli e o molho de tomate, simples e caseiro. Gente, se eu cozinhei e ficou bom, é porque o produto é de excelente qualidade e é muito fácil de fazer. Detalhe importante: o molho também era pronto, só esquentar, mas não era tipo Pomarola, não. Também era caseiro, com pedaços grandes e suculentos de tomate. E ainda teve um Moscatel do Douro pra acompanhar. Em Portugal serviam no copo mesmo, e com pedras de gelo dentro. Fizemos o mesmo e ficou ótimo.


Mas a sobremesa foi um caso à parte. Inventei na hora. Demos água-de-côco pros meninos e a casca do côco ficou lá, em cima da pia, olhando pra mim... Me lembrei do maravilhoso doce de leite que o Biel e a Mila trouxeram de Buenos Aires. Aliás, a única coisa que eu acho que os hermanos fazem melhor do que nós, fora o vinho, é o doce-de-leite. Essa marca também eu recomendo, e é super fácil de achar por lá: Patagonian Life.


Pois lembrei do doce e foi aí que tive o insight: doce-de-leite no côco! Pra ir comendo junto, aquela carninha branca com o doce, de colherada! Taí a fotinha pra vocês verem. Fica lindo, rústico e gostoso! Restaurantes chiques de litoral: podem copiar à vontade, nem vou cobrar direitos autorais. Mas não se esqueçam do doce-de-leite argentino, hein? Dá uma sofisticação a mais.


Domingo bom... preguiça, comidinha gostosa, só felicidade. Pra quê mais?

Doce-de-leite argentino na polpa do côco verde: delícia rústico-chique

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Taypá - Sabores del Peru

É o novo peruano de Brasília. E bem badalado. Eu disse novo? Novo ou único? Um amigo me disse que já tem o El Paso peruano, do David Lechtig, mas ainda não conheço. Confesso que cheguei lá acidentalmente. Estávamos ali, na QI 17 do Lago Sul, que por sinal está se tornando um novo pólo gastronômico da cidade – que bom - ! e calhou de entrarmos lá.


Ignorante que sou sobre a cozinha peruana, pois nem ceviche já provei antes, a princípio achei o cardápio um pouco estranho. A bebida que o garçom trouxe assim que nos sentamos eu conhecia sim, mas do Chile: Pisco Sour. Parece que é como a cachaça deles. Feito de aguardente de uva com limão. Tinha boas recordações do Pisco. E, realmente, não decepcionou. O garçom, atento á minha satisfação, rapidamente trouxe o segundo. Ponto pra eles.

Pois eis que no meio do segundo copo percebi que era melhor parar por ali. Lembrei que ,afinal, era pinga, né? E não num copinho de pinga, mas num copo bem maior e mais gordinho. Pulei pra água. Mineral, sem gás.

Mesmo tendo vontade de provar o tão falado ceviche, ainda não foi desta vez. Oportunidades não faltarão, já que pretendemos voltar. Aproveitamos o couvert de mini-ciabatta quentinha e uma pastinha deliciosa, de queijo com legumes e especiarias. Daí partimos direto para o prato principal: eu pedi um salmão grelhado com camarões ao molho teriaky, o Cristiano pediu um filé com um molho típico, com arroz branco e uma batata frita que mais parecia mandioca. Pra ele, adepto da cozinha mais tradicional, era o ideal.

E tudo estava muito saboroso. A carne vermelha (claro que eu comi um pedaço, eu sempre faço isso) estava divina. O salmão vinha num formato redondinho, como um pudim. E com o surpreendente recheio de risoto de quinoa! E os camarõezinhos do lado, pra acompanhar. Lindo! Pena que não tirei foto – é a inexperiência gente, foi mal!

Dispensamos a sobremesa, mas passei os olhos no menu e havia várias opções atraentes. Fica pra um dia menos corrido. No fim, saldo positivo, pois ficou a vontade de conhecer a cozinha peruana mais a fundo, e naquele lugar: bonito, bem decorado, com ótimo serviço e boa comida.

Começando...

Desde pequenininha saio pra comer fora. Desde o tempo em que eu era Toco. É, Toco. De gente. Era assim que meu pai me chamava. Ele sempre gostou de ir a restaurantes. Nem sempre o convite pra jantar era extensivo a mim, mas, quando podia, ó o Toco lá aprendendo que bacalhau é comida portuguesa, vatapá é da Bahia, kafta é árabe, e assim por diante. De lá pra cá tomei gosto e até hoje meu programa predileto envolve comida. Ir ao cinema assim sem nem um lanchinho depois? Nem pensar! Pra mim a atração principal nunca foi o filme em si, mas o pacote completo do programa. E nada de pipoca durante a sessão, que é pra não estragar a fome. Na adolescência, quando gostava de boate, sempre preferia aquelas com esquema chegar-cedo-pra-jantar-e-só-mais-tarde-a-balada-começa.


Não me considero uma entendedora de gastronomia, porque geralmente quem sabe do assunto sabe também cozinhar, e das panelas eu passo longe. Cozinhar, no meu caso, é como dançar: admiro quem sabe, acho lindo, mas é que não levo jeito mesmo. Quem sabe um dia aprenda. A cozinhar, que fique claro. Aprender a dançar eu considero meio impossível. O fato é que gosto mesmo é do resultado do cozinhar, não me interesso tanto pelos meios, e sim pelo fim, pelo prazer proporcionado por aquele prato, aquele restaurante, aquilo tudo que envolve o ato de comer.

Durante a semana eu tento me controlar. Meus antecedentes familiares não são muito animadores, tenho risco de ficar diabética no futuro, e na minha casa todo mundo sempre foi meio – como dizer – roliço! Por isso me cuido. Mas no fim de semana sempre me permito um pouco mais, aí, de segunda até sexta à noite, haja academia e dietinha da nutricionista. Aliás, é por isso que resolvi chamar esse blog de furando a dieta. Porque os comentários que vou fazer aqui sempre serão oriundos de um fim-de-semana feliz e gourmet. Ou de umas boas férias, claro.