quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Mendoza 1 : Bicicleta, Comida y Vino

E então fomos pra Mendoza, agora que estamos assim gostando um pouco de vinho. E  ir pra Mendoza é isso aí: beber vinho e comer.


Pegamos um friozinho gostoso, ideal pra passar os dias de tacinha na mão.

A uva mais abundante de lá é a Malbec, que não é muito a nossa praia. Mas provamos vinhos tão bons, e espumantes tão maravilhosos...

O melhor dia, sem dúvida, foi o primeiro, porque conseguimos alugar bikes pra fazer todas as visitas. Foi uma delícia: na loja onde buscamos as bicicletas a ótima atendente destacou, num mapa da região, os trajetos para as bodegas (é como eles chamam as vinícolas lá) que queríamos visitar, aí ficou facim facim.


Atleta nos Andes!


Naquela emoção gostosa, de sair pedalando num lugar desconhecido, a primeira parada foi só pra esquentar: bodega meio fraquinha, nem vou citar o nome. Visitinha rápida, motores, ou melhor, pedais aquecidos, seguimos para a próxima, e adoramos: Clos de Chacras.

O guia, que considerei semi-brasileiro, pois fala português super bem e disse que o melhor amigo dele é brasileiro, foi ótimo. A bodega é pequenininha, artesanal, e de lá saímos com um branco na mochila. Almoçamos por lá mesmo , e isso é um ponto forte em Mendoza – degustação com almoço! Nosso pacote era de entrada, prato e sobremesa harmonizado com três vinhos, mas o Frederico, gente boa, nos deu quatro, porque comentamos nosso gosto por rosé, e ele estava orgulhoso do primeiro rosé produzido por eles.



Seleção Clos de Chacras


A moça lá da loja de bikes, Mariana, nos indicou um local pra degustação de chocolates, e claro que quisemos conhecer. La Antigua é a residência  de uma senhora que faz não só chocolates, mas patês, geleias, compotas, licores e afins. Aliás, o chocolate foi o de menos, de tanta coisa que tinha lá. A senhorinha foi suuper simpática e explicou o sistema da casa: uma mesa de degustação de patês e azeites, outra de degustação dos doces e degustação de dois licores, a 15 pesos por pessoa. Topamos. Quando ela se afastou um pouco, já disse logo pro Cristiano: alguma coisa eu levo, mesmo se não gostar de nada, só pela simpatia dela.

Absintho - é fogo!

Eu lá, cumprindo meu papel, degustando, degustando, degustando, mesmo tendo acabado de almoçar, porque – quem me conhece sabe – eu não sou fraca não. Na hora dos licores o Cristiano se apresentou pros trabalhos e tinha licor de tudo que se possa imaginar. Escolhi dois, ele dois, conforme o combinado. Mas aí, no meio da conversa, ai, que interessante, licor de tabaco, deve ser diferente... Nossa, de rosas, que romântico... ah, esse é com pimenta, hum, deve ser ótimo... e o resultado é que provamos quase todos. Até absintho, a bebida proibida, com graduação alcoólica de 75%, que Van Gogh tomou antes de cortar a própria orelha. Bom, pelo menos é o que dizem.




A senhorinha e seus licores




Escolhemos pra levar: "muerte russa" (é o tal que tem pimenta), licor de banana com chocolate e um vidro de  doce de leite com whisky (!)  simplesmente maravilhoso. Na hora de pagar, ela não aceitou cobrar a degustação, porque, segundo ela, não provamos nada.  Não acreditei!!!


       Mochila lotada, fim de tarde, hora de voltar pra descansar antes do jantar. Sim, claro que saímos pra jantar, é como eu falei no início: Mendoza é isso aí.


Nessa noite fomos no ótimo restaurante do Francis Mallmann, o 1884. Tem esse nome porque fica dentro da bodega Escorihuela, construída em... 1884! Indicação segura, imperdível em Mendoza. Ambiente bacana, comida excelente. A carta de vinhos é imensa, mas quisemos provar um da própria bodega, já que estávamos lá mesmo. Depois de tanto vinho durante o dia, um espumante caiu bem. Mendoza também é isso: cansou de vinho, toma um espumante, e vice-versa. Nossa escolha, aprovada: Escorihuela Gascón Extra Brut. A comida, impecável, dá uma olhada:


Entrada: pêra assada com sal!


Principal: ravióli de mascarpone com abóbora e manteiga de sálvia: aplausos, por favor!

Fomos dormir felizes da vida...




Bodega Clos de Chacras – Monte Líbano, 1025 – Chacras de Coria. Mendoza – Argentina

La antigua – não guardei o endereço, mas é conhecida por lá

Francis Mallmann 1884 – Belgrano 1188 – Godoy Cruz. Mendoza - Argentina








quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Yes, nós temos graviola!

Segundo o site www.tuasaude.com, a Annona muricata L., vulgo graviola, é quase que um milagre para a saúde. Possui propriedades diuréticas e sedativas, sendo ainda anti-espasmódica, vermífuga, expectorante, adstringente, anti-inflamatória, anti-reumática e vitaminizante (seja lá o que isso for)! Sinceramente, não acredito em tooodas essas vantagens, mas dizem que fruta faz bem, né?

Temos, em casa, um pé de graviola que o Cristiano ama de paixão. E um dia desses deu uma graviolona gigante, bonita, eita orgulho! Pena que não tirei foto da bicha.

Então, vamos usar a graviola. Suco? Ótimo, mas básico demais. Naquele dia a gente quis foi inventar moda mesmo.

Saiu um risoto, não de graviola em si, mas com graviola. Só que já faz um tempinho e eu não anotei os ingredientes, mas vou falar do que eu lembro: além da tal da graviola, a polpa mesmo, tinha milho, tinha brie, um tipo de carne que não consigo lembrar e nem identifiquei na foto, além dos tradicionais cebola, parmesão ralado etc. Ficou bom, valeu pela criatividade.




Mas gostamos mesmo foi do nosso drink personalizado, que eu batizei de Blue Moon. Saca só a receitinha:

- dedinho de vodka;

- licor parfait d’amour roxo - quem lembra???-  de laranja, tem uma cor linda, um aroma delicioso e é de mil novecentos e antigamente – lembro de, novinha, novinha, meu pai me dar pra experimentar;

- Polpa de graviola –lógico;

- Gengibre;

- Mel.

Batemos no mixer, ficou lindo e gostoso. Deu o maior orgulho!


E o copinho da coleção Castelo de Caras que roubei de mommy?



domingo, 19 de agosto de 2012

Furação Caseira de Dieta


Tô com uma listinha aí de uns 4 ou 5 restôs pra ir, uns novos, outros nem tanto, mas não tenho saído muito e, quando saio, dá uma vontade de ir nos favoritos, como o Severino, que vocês já viram aqui  e  o DuduBar, aqui.

Enquanto isso, e porque o blog anda meio paradão, resolvi escrever sobre uma furação de dieta que fazemos quase toda  semana lá em casa.

É muito simples, consiste de uns queijinhos, pães gostosos e uma bebidinha pra acompanhar.

Então, aos favoritos: o queijo de cabra pra mim é indispensável... talvez o meu preferido, junto com o grana padano. Costumamos comprar sempre o Cablanca, no Pão de Açúcar, é mais fácil de achar e sempre supera outras marcas que às vezes aparecem por lá.

Adoramos também um bom brie ao forno com mel e amêndoas (ou castanhas). É facílimo de fazer: só regar o brie com mel, amêndoas por cima e levar por cerca de um minuto ao microondas.  Aprendi essa receitinha com a Marilza há muuuitos anos, mas de um tempo pra cá notei que tá na moda . Existem variações, como o camembert com ervas e mais esse aí da foto, recheado com damasco e com presunto de Parma por cima,  que também é tudo de bom...

No quesito pães, recomendo: o pão de açaí da Casa do Pão, com gergelim na casquinha e um gosto mais doce, excelente. E, do Mercado Municipal, o pão italiano, que é ideal pra comer com fondue de queijo, por causa da casca bem durinha, mas cai muito bem com queijos in natura também. Já que falei em fondue, aqui vai uma dica de quem adora um fondue de queijo e já testou praticamente todas as marcas existentes no mercado. Se for comprar pronto, o que é bem mais fácil, compra o da marca Emmi, que também só vi no Pão de Açúcar. Claro que os puristas vão dizer que bom mesmo é comprar o queijo e derreter, mas aí, gruyére, ementhal, kirsch, mexe bem, cuidado pra não queimar, complica um pouco, né? O Emmi é uma delícia, além de mais prático e econômico. De sobremesa, o de chocolate da Emmi também, gente!

Alho esfregado no fundo da panela, uma pitada de noz-moscada e um golinho de vinho branco: não tem erro



Voltando aos pães, a boulangerie também tem o ótimo pão de azeitona, mas sinceramente, pra comprar toda semana, o precinho de lá pesa... pra acompanhar os carboidratos, na foto tem um azeite aromático que aprendemos a fazer no Babel e nunca mais largamos: é só colocar ervas, como alecrim, tomilho, salsa, e uma pimenta preta em grãos e dar uma maceradinha. Libera um aroma incrível !

  
Quanto às bebidas, a nossa querida do coração é a Cava Freixenet Carta Nevada.  Gostamos tanto que quando fomos a Barcelona fizemos questão de ir na vinícola , que fica numa pequena cidadezinha ali perto. 

                    
Sempre temos um Freixe lá em casa. É  leve, saboroso e  não enjoa.
Pra acompanhar, água com gás. Viciei em água com gás de uns tempos pra cá, também não pode faltar. A Indaiá é ótima, a Cambuquira também gosto, mas claro que a Perrier tem seu lugar, né? Só não dá pra ser toda semana também... essa aí da foto é uma Perrier especialíssima, Citron, de lima-limão, que tomamos pela primeira vez o ano passado,  na California, e ficamos obcecados por ela. Agora trouxemos duas garrafas de Nova York, mas já acabou... se alguém souber onde comprar por aqui, me indique, please!!!

Dupla dinâmica

Também costumamos  incrementar a farra gastronômica com um pistache aquecido, uma geleia diferente ou outra comidinha gostosa que tiver na despensa.

E, pra fechar, chocolate, que a gente merece!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Eu e os Tintos

Tinto não é comigo. Já disse isso aqui uma vez, quando fizemos curso de espumantes. Só que aí o povo animou, e como eu gosto mesmo de uma baguncinha, topei fácil fazer a degustação de vinhos tintos também. De novo fizemos com o João, o mesmo dos espumantes, mas dessa vez a turma era maior: 14 pessoas.


Depois de uma sexta-feira chatinha no trabalho, foi o momento ideal pra relaxar e lembrar que a vida é boa, sim. Como sempre, uma horinha de teoria no início, sobre o processo de produção do vinho, desde o cultivo do parreiral até o engarrafamento da bebida pronta, e daí pra frente, só a parte prática: olhar, cheirar e beber!

Oito rótulos diferentes, de várias regiões do mundo, várias uvas e safras distintas. Não tem como não rir dos aromas que a galera sente. Deu alumínio e mofo, sem contar os mais tradicionais, como frutas vermelhas, queijos etc. O Cristiano sentiu aroma de madeira em todos! À medida em que a degustação vai evoluindo tudo se torna naturalmente mais divertido, com o volume das conversas bastante aumentado e todo mundo alegrinho.

O mais cômico de todos foi o pinot noir: cheiro de repolho/chulé no início, evoluindo em poucos minutos pra rosas – juro! E foi um dos meus favoritos, junto com o cabernet sauvignon. O bom do curso é isso: você se diverte e aprende o que gosta pra tomar depois. No meu caso, não gostei tanto de Shiraz e Malbec. Mas outro dia até tomei um pinot noir pra matar as saudades.

A aluna destaque foi a Cris, que mandou muito bem ao acertar as uvas de quase todos os rótulos. Nem sabia que minha amiga era tudo isso, gente!

Pensando bem, não posso mais dizer que tinto não é comigo. Agora, meu coração e meu paladar tem espaço pros tintos também.


A gente se acha o sommelier  preenchendo a tabela de avaliação dos vinhos

A galera do curso - só a Diretoria!


Pra fazer um curso com o João, acessa lá: www.degustacoestecnicas.com.br.




quinta-feira, 7 de junho de 2012

Ready Beef

Um belo dia o Nicholas liga lá em casa chamando os meninos pra dormirem na casa dele. A segunda vez que iam dormir fora sem ser na casa da vovó, mas claro que quiseram ir e claro que adoraram. Quando fomos deixá-los, espumante e papinho gostoso, muito bom. E o melhor de tudo foi a recepção que tivemos, com esse desenho logo na entrada. De emocionar, né?



No outro dia, perto da hora da fome – almoço - fomos buscá-los e daí mais papinho, e a fome vindo, e pá! Vamos almoçar juntos? Então vamos aqui pertinho, tem uma carne ótima.  

Quase não vou ao Sudoeste.  Mas sempre que vou, ó que lugar legal, ó que comércio bom, ó isso, ó aquilo, e sempre saio com uma boa impressão. O Ready Beef foi mais uma surpresa boa do bairro.


O ambiente é super informal, pra ir de bermuda e chinelo, ou seja, frescura zero. Carninha na chapa, no ponto certo, acompanhamentos perfeitos. Pedimos uma chapa mista com carne, linguiça e uma sobrepaleta suína... e dá pra um montão de gente!

 

O Vagner, que entende de cerveja,  indicou uma de trigo, e eu, que nunca bebo cerveja, achei essa com uma cara tão boa que  provei e gostei bastante. Taí a foto pra vocês acompanharem, é da região de Itaipava, ali no Rio. Superespecial.

 Pra fechar com chave de ouro e já que estávamos no Sudoeste mesmo, a sobremesa foi no Ateliê de Confeitaria. A torta de frutas vermelhas é a melhor da cidade. Ponto. Mas tem outras excelentes também e nesse dia eu tava com desejo da torta cubana: de banana com rum, e ainda incrementei com uma bola de sorvete de maracujá. A cremosidade da torta, aquele docinho da banana, o rum suave no fundo, tudo isso com o azedinho do maracujá e o geladinho do sorvete pra quebrar o calor que estava no dia. Deixa  Michel Teló falar por mim: delícia, delícia, assim você me mata...



Ready Beef - SCLSW 303 Bloco "C" Ed. Le Parc - Setor Sudoeste
Ateliê de Confeitaria: CCSW 5 Bloco A lojas 5 e 6 








domingo, 20 de maio de 2012

O Niver do Felipe no The Fifties

Chegou o 8 de maio, e o Felipe um pouco revoltado porque passou o fim-de-semana inteiro sem comer hambúrguer:

- No meu aniversário já sei, quero ir no The Fifties!

Desejo atendido. Lá fomos nós.

O The Fifties é uma rede de São Paulo, que pegou pra valer por aqui. Como o nome diz, tudo inspirado nos anos 50, desde as poltroninhas estofadas de vermelho à roupa dos garçons, cardápio e tudo o mais. Os milk shakes e smoothies são deliciosos e também tem aqueles sorvetes clássicos, de antigamente, tipo sundae, banana split e outros.

Os sandubas são ótimos, e pode pedir o hamburger pequeno, que a porção já é bem generosa. O Pic Burger, mais básico, é o meu favorito, e o das crianças, claro, o combo infantil, com dois mini-hambúrgueres e muuuuita batata frita. Os meninos adoram um caderninho que eles dão com passatempos também. E na unidade do  Pier 21 ainda tem uma sala com videogames.

As saladas são lindas, mas eu só vejo passar, porque francamente, ir ao The Fifties e pedir salada... será que um dia eu consigo?

Smoothie de kiwi



Eles amam as banderinhas!


O homenageado da noite com seu big sundae!

domingo, 6 de maio de 2012

A Moqueca de Dona Canô

Quem acompanha o blog sabe que eu adoro uma moqueca baiana. Lembram deste post? E deste? Há uns anos ganhei um livro de receitas de Dona Canô, a célebre matriarca da célebre família Velloso, dos manos Bethânia e Caetano. A obra é um compilado de receitas tradicionais baianas, escritas como numa conversa com a centenária senhora, estrela de Caras e afins.

Obra autografada!



Não poderia faltar  a receita de moqueca, e tem tanto tipo de moqueca! Escolhi a de camarão pra tentar fazer, porque, pra mim,  só de ter camarão a chance de ficar gostoso aumenta  muito.
 
E sabe que não é difícil? Descobri que a moqueca nada mais é que um panelão de temperos, dendê  e leite de côco cozinhando por alguns minutos, e que a preparação  dos ingredientes muitas vezes é mais trabalhosa que a confecção  do prato. No meu caso, que já comprei o camarão limpo e descascado, e pedi pra incrédula Gil  - “a senhora que vai fazer? Eita...” -  já deixar picados  a cebola, o tomate e o pimentão, o trabalho foi quase zero.


O dendê, pra mim, tem um quê de magia e de mistério, porque ao mesmo tempo em que dá aquela cor maravilhosa e um aroma delicioso, deve ser  usado  com parcimônia, já que em  sistemas digestivos mais sensíveis pode causar um incontrolável desarranjo,  se é que vocês me entendem...
 
Dessa vez  esnobei, acrescentei caju ao camarão e fiz ate um pirãozinho pra acompanhar. Quem provou, aprovou, e até a Gil acreditou!


Ela faz na frigideira,  mas eu ia perder a chance de usar uma panela de barro?


Abaixo a receita, pra vcs verem que, se eu fiz,  e porque é fácil mesmo!


MOQUECA DE CAMARÃO FRESCO


Para fazer moqueca de camarão é melhor usar camarões médios ou pequenos - são ruins para tirar a casca, mas o sabor da moqueca ficará outro! Camarão miúdo segura o sabor! Camarões graúdos ficam para os escaldados, para os fritos.


MODO DE FAZER

Tirar a cabeça e a casca do camarão e, com um palito, tirar a tirinha preta que fica nas costas. Lavar bem lavado. Depois de todo limpo, fazer um bom tempero com cebola, tomate, pimentão, coentro, sal e misturar aos camarões. Numa frigideira, levar ao fogo a mistura do camarão e dos temperos com leite de coco e azeite-de-dendê. Não deixar cozinhar muito. O camarão mudou de cor, está pronto; de branco, ele passa a cor-de-rosa. Se cozinhar muito, ele endurece.





            O Sal é um dom: receitas de mãe Canô.
            Mabel Velloso.
               Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2008 











terça-feira, 24 de abril de 2012

O Lake's e o Aniversário do Davi

Neste mês o Davi fez 6 anos. Uns dias antes,  já comecei a perguntar onde ele gostaria de ir lanchar depois da escola,  no grande dia. Eu tocava no assunto e ele dizia: “não sei, tô pensando.” No dia seguinte, a mesma coisa: “não sei, ainda não resolvi”. No dia D, de manhã: “não sei, ainda tô pensando!”

Até que chegou a hora de decidir: saída da aula e do futebol.

- E aí, Davizão, decidiu onde a gente vai lanchar pra comemorar seu aniversário?

Ele cravou sem dó, na maior segurança:

- Decidi. No Lake’s.

Mais uma pérola do Davi. O Cristiano já soltou a gargalhada na mesma hora.

- Ué, filho, a gente tinha pensado num lanche, no McDonald’s, The Fifties...

- Mas eu quero ir no Lake’s.

Confesso que fiquei surpresa e feliz ao mesmo tempo, pro meu gosto era muito melhor um jantar do que um sandubinha básico.

O Lake’s é super tradicional em Brasília, e quem é mais novinho geralmente não conhece. A comida é ótima, o preço é condizente e o atendimento, perfeito. Os meninos já se sentem em casa lá. Costumam nos abandonar na mesa e se sentam no bar, como dois adultinhos, equipados com seus suquinhos de laranja.  Daí vencem a vergonha de pedir pro garçom botar o telão no canal de desenhos e é só alegria . Algumas vezes comem por lá mesmo, na maior mordomia e independência.

O couvert do Lake's, na minha opinião, é um dos melhores da cidade. Pães quentinhos, uma pasta soberba  de cream cheese com coalhada, caponata de berinjela, cebola temperadinha cortada em finas lâminas e uma cabeça de alho que eu nem sei explicar... pena que me esqueci da foto. E ainda tem uns grissinis que os meninos sempre devoram. O Kir Royal, pra acompanhar o couvert,  também é super gostoso.

Pras crianças, a melhor opção é a picanha, fatiada bem fininha, e grelhada à vista do cliente. Geralmente pedimos a porção pra um adulto e os meninos dividem, mas eles gostam tanto que  nas últimas vezes tem sido pouco. Sorte que os pratos de peixe também são maravilhosos, aí a gente acaba compartilhando do nosso  com eles também.

Abadejo ao molho de alho poró, purê de batatas e queijo de cabra

Robalo ao molho de mel, gengibre e laranja com mini (!) salada


E não é que a escolha do Davi foi bem acertada? Assim que chegamos, o maitre  já o chamou pelo nome e fez uma brincadeirinha. Claro que contei que era o aniversário de 6 anos, e que o próprio Davi é quem  tinha escolhido o local pra comemorar. Na hora da sobremesa, teve parabéns com petit gateau  pro aniversariante, na faixa!

Olha a felicidade do indivíduo!


Tão bom ter filhos gourmet...

Lake's - SHCS CL 402 Bloco C loja 15


terça-feira, 3 de abril de 2012

Sonhando Acordada


No último fim-de-semana, fomos conhecer um hotel  maravilhoso. É impossível não querer levar as crianças nesses resortões, mas desta vez, a proposta era diferente. Um hotel de luxo, que não aceita menores de 18 anos.

Com a expectativa lá em cima, embarcamos na sexta pela manhã. O hotel fica no Município de Governador Celso Ramos, a 50km de Florianópolis. Em uma palavra? Maravilhoso. Em mais palavras? Lindo, sublime, perfeito, mágico... e por aí vai.

O negócio é o seguinte: paisagem natural exuberante, acomodações enormes e luxuosas, gastronomia de altíssimo nível e o maior zelo nos detalhes, como  bombons com suas iniciais deixados em seu  quarto, pra fazer você se sentir especial. Tudo pensado pra proporcionar um clima de romance, e funciona mesmo!

Na noite em que chegamos, tivemos um jantar à luz de velas numa ilha particular. Só o casal, e só um por noite, numa ilha particular, tá entendendo? Tudo harmonizado com champagne (a ótima Taittinger) e vinhos excelentes. O garçom, vem, serve e sai, vai lá pro hotel, deixando os pombinhos totalmente a sós... Claro que este luxo todo não está incluso no pacote, é pago à parte. Mas vale muitíssimo a pena, porque é uma experiência única. E não tem bicho, tipo sapo, morcego, pernilongo, essas coisas. E não fez frio também, mesmo à noite! Enfim, tudo de bom!

Olha o capricho do cardápio personalizado

Separei fotos dos melhores pratos de toda a viagem, mas é muito difícil escolher, pois todos são excelentes. Só pra se ter uma ideia, o cardápio é elaborado pelo Laurent Suaudeau, grande mestre da culinária. 



Festival de grelhados: além do camarão, ainda tinha salmão, polvo e olhete, um peixe da região. Pela primeira vez tive coragem de comer polvo -  e estava bom!
Vitelo (na praia, hein?) em crosta de manjericão e purê de mandioquinha

Suprema sobremesa: caju cristalizado com emulsão de cachaça - tentaremos reproduzir esta receita, se der certo eu conto!

Namorado com banana assada, farofa de banana e velouté de côco

Gente, lá é tão chique que até o café da manhã é no estilo menu degustação.

Tartar de frutas com fitas de côco, um dos vários pratos do breakfast


Não podia deixar de mostrar fotos do local também, porque a beleza natural é de tirar o fôlego.

O barquinho vai...
...e a tardinha cai

 
Recomendo pra quem quer fazer uma viagem romântica, pra um pedido de casamento em grande estilo (e aí, solteirões, quem anima?), pra quem quer surpreender a pessoa amada, pra turbinar uma relação etc. É a típica  viagem cara, mas que quando você está lá, é tudo de tão alto nível que aí você nem acha mais tão caro assim...

O tempo estava incrível, sol brilhando, então foi só alegria: namoramos, curtimos praia, nos divertimos, fizemos trilha, stand up paddle, passeio de lancha, deslizamos num barquinho no macio azul do mar...  Por tudo isso é que dei este título ao post, pois a sensação que tive foi permanentemente esta: a de estar sonhando acordada.

Ponta dos Ganchos -  Rua Eupídeo Alves do Nascimento, nº 104, Ganchos de Fora Governador Celso Ramos - SC
Telefone: +55 48 39537000 Fax: +55 48 39537046 Toll Free: 0800 6433346





sábado, 24 de março de 2012

O Pretinho que Satisfaz


Eu sei, estou atrasada,  mas é que  só comprei minha máquina Nespresso agora. E como valeu a pena o investimento! Além de ultraprática, é compacta e linda também. Já fiz o cantinho do café lá em casa, com todas as bobaginhas a que tenho direito: açúcar normal, adoçante, açúcar de beterraba (!), chocolatinhos... Sempre que almoço no aconchego do lar, tomo uma xicrinha pra dar aquela acordada.

Vai um cafezinho?

Logo que comprei a máquina, ela virou a sensação lá de casa. Era só virar as costas que lá estavam os meninos brincando de fazer café e desperdiçando minhas cápsulas - Oh, não!

Mas ainda melhor que a máquina de café é o Aeroccino, vaporizador de leite. Um acessório, opcional, mas absolutamente indispensável. Ideal pra fazer café com leite, capuccino, e outras bebidinhas gostosas. Ele faz aquela espuminha de leite que deixa a bebida linda. Olha que lindo esse café-com-leite em três camadas (leite, café e espuma de leite) que fizemos lá em casa!
    
Ficou bonito!

Bem disse meu amigo Léo, com seu humor estilo Caco Antibes:  hoje em dia, quem não tem uma máquina Nespresso em casa não é ninguém!

Nespresso e Aeroccino - Meu kit eu comprei na Toolbox, no Casa Park, mas na loja do Iguatemi tem  cores novas e lindas.

O Preto Que Satisfaz


Quem tem mais de 30 se lembra das Frenéticas: “dez entre dez brasileiros preferem feijão...”



Um feijãozinho bem feito é das maiores iguarias que há, não acham? O pretinho, então, é meu favorito. Quando tem feijoada, eu nem provo as carnes, fico só no arroz com feijão, farofa e laranja, no maior gosto.

Outro dia fui num churrasco e comi um feijão inesquecível, caseirinho. Feito pela Lúcia, uma querida da família da casa há muitos anos. Feijãozinho preto, linguicinha bem temperada e couve, numa mistura perfeita e úmida no ponto certo. Fiz questão de conhecer a Lúcia e ela deixou que eu registrasse aqui essa maravilha, só pra dar água na boca de vocês. 
 
A perfeição do feijão
Olha ela aí!

Lúcia - Desculpem, mas não posso deixar referência. A Lúcia é exclusiva, gente..