sábado, 13 de outubro de 2018

A Alagoas de Djavan

Casa Acayu
O moço da Casa Acayu apontou a enorme casa em construção: olha lá a obra de Djavan! Pé na areia da Rota Ecológica, essa é a Alagoas de Djavan. Foi nessa região que tiramos 4 dias de descanso e paz total.

E boa comida, claro!

A Casa Acayu é lindalinda, tem uns jardins de cair o queixo, olha:








Em todo jantar tinha um drink de cortesia, o que eu adorei foi um coquetel de frutas (que eu nem gosto, mas esse era bom, com um toque de hortelã, hummm!) Só que virei rápido e esqueci de tirar a foto. Mas esse aí embaixo também tava show: vodka, manga, maracujá e gengibre - my dear gengibre...

Ser recebido assim é tão bom... 
O prato campeão foi o camarão gratinado no abacaxi e arroz de côco - bem tropical. Molhinho gostoso, acompanhei com um roséezinho, deu tudo certo!


E no café-da-manhã tinha uma geléia de mamão super! Feita na casa, elogiamos e ganhamos um potão pra trazer na mala, uêba!

Casa Acayu - Sítio da Praia, povoado do Toque - São Miguel dos Milagres - AL 



Pousada Xuê:
Na praia do Patacho tem um monte de pousadinhas bem legais, e um dia fomos almoçar na Xuê. Na noite anterior, demos uma passada lá e fizemos a reserva pro dia seguinte. O fato é que os gringos invadiram o Nordeste e trouxeram um mix de culinária europeia e brasileira que eu amo: no caso da Xuê, os proprietários - ele italiano e ela brasileira - fazem no restaurante um ótimo uso dos ingredientes locais. Destaque para o peixe com molho de castanha. Nossa, molho de castanha! Até a cor era marronzinha (cor de castanha, bingo!) e o perfume era de castanha! Enfim, molho de castanha, não com castanha, como alguns que já comi  por aí. Perfeito!

De, não com. E ainda com banana frita embaixo!

Outro destaque destacadíssimo foi a entrada: um tartare de abacate com lagostins, que até o Cristiano, que não é chegado em abacate, aprovou. Olha que belezura:



Pousada Xuê: Rua Dr. Sebastião da Hora, s/n. Praia do Patacho - Porto de Pedras, AL



Restaurante No Quintal: 
Mas não só nas pousadas se come bem por lá. Passamos na porta do No Quintal, uma plaquinha simpática chamou a atenção. Pesquisamos na internet e as referências eram as melhores possíveis. Último dia, último almoço da viagem, vamos!

Ambiente simpático, bem rústico, bem praia. Esse não é de gringo, é de um casal brasileiro que mora por lá. Recomendo, recomendo e recomendo. Não fique preso na pousada, é bom ter um carro na mão pra perambular livremente e ir descobrindo esse lugares. 

Entrada: carpaccio de melancia (!) com rúcula, queijo de búfala e castanhas, com molho de mostarda e mel. Gostoso e refrescante, propício pro calorão que tava lá. Numa cidade próxima existe uma fabriquinha de derivados de búfala, então claro que trouxemos uns quejim pra casa também. 

Parece carne, mas é melancia cortada bem fininha na ponta da faca. Você ainda se sente saudável!



De principais esse peixe com molho de capim santo, a onipresente banana da terra e uma farofinha de beiju. Bom demais!





E lagostins ao molho de ervas, com purê de jerimum (abóbora, pra nós) e a farofinha de beiju também. 





Farofinha fechando com chave de ouro a comilança. Saí feliz, com a música de Djavan na cabeça: 

Você não sabe o que é farinha boa
Farinha é a que a mãe me manda lá de Alagoas


Restaurante No Quintal: Rua do Toque, s/n. Praia do Toque - São Miguel dos Milagres - AL 




terça-feira, 18 de setembro de 2018

Ainda na Grécia - comidinhas gostosas

Pitagyros -  o fast food grego


Sei que já passei da idade de comer fast food. Mas nesses tempos de instabilidade econômica e com o nosso Real tão combalido, não tivemos saída. Ainda bem que o fast food grego é mais saudável que o hamburgão nosso de cada dia. 

O gyros é a carne que fica girando nesse espetão aí , e depois é fatiada BEM fininha. Muito gostoso! 


E o pita ali do lado! 

O pita gyros é um grande sanduba de carne - porco, frango, ou carneiro - , molho tzatziki (iogurte, azeite e pepino - so greek!!!), cebola roxa, tomate e... ok, acabou a parte saudável- batata frita, tudo enroladinho e embrulhado em um pāo pita (so greek again!!!) 

pitagyros de frango - foto da internet, eu sempre devorava e esquecia de tirar a foto antes! 


Pita + Gyros: o resultado final é fantástico, uma explosāo de sabores a cada mordida e você nāo fica se sentindo cheio depois, é super leve! 
Alô alô, vegetarianos, tem sandubão de pão pita com queijo feta  no lugar da carne também. O Cristiano comeu e adorou! 


 Pitogyros: o point em Santorini


Em Mykonos: Salzi - Chora
Em Santorini: Pitogyros - Oia, Thira 847 02, Grécia


Feta - o novo queridinho 

Adooooro queijos, e na Grécia mergulhei de cabeça no feta, o queijo super típico do país.  Feito com leite de ovelha ou de cabra, ou uma combinação dos dois, ele é fresco, macio e branquinho. A tradicional salada grega é seu habitat natural. Ainda bem, já pensou uma salada só de tomate, pepino e cebola, que tristeza? O feta entra pra dar aquele tchan na receita. O sabor salgadinho dele combina muito com os outros ingredientes. 


Gostamos  tanto do feta que compramos várias vezes pra comer no quarto. Com castanhas, com frutas secas (com figo é a parceria perfeita), com cerejas frescas, com pāozinho e geléia... em infinitas combinações, o feta (❤️❤️❤️❤️❤️) é o MUST EAT da Grécia. 


Notícia boa: achamos pra comprar em Brasília (êêêêêê!). Não é igual aos de lá, mas serve pra matar a saudade, sim ;)

Esse é da Itália


terça-feira, 28 de agosto de 2018

Grécia - Santorini: the greek vatapá

Santorini impressiona muito pela beleza. Esse post tem que começar logo com fotos, porque não dá pra descrever. Tem as praias, tem as casinhas brancas, tem as poéticas igrejinhas com cúpula azul... 


Uma das poéticas





O povo se empoleira todo pra ver o pôr do sol 

The pôr-do-sol

De noitinha
     


De noitão
Além de tanta beleza, Santorini é a mais importante produtora de vinhos da Grécia. Na ilha, visitar vinícola é passeio obrigatório. Ué, entāo vamos! Li que tem que fazer reserva, entra aí na internet. Vixi, tudo caro! 100 euros por pessoa, dá não....
Entāo bora  chegar  na cara dura pra ver se dá certo uma provinha?

Estávamos em Oia e a Domaine Sigalas era a vinícola mais próxima do nosso hotel. 

Quando fomos pra Mendoza, visitamos umas vinícolas bem bonitas.  Só que dessa vez, em Santorini,  a sede da Domaine era tão feinha simples que dava até dó... mas vambora que não temos nada a perder. 

A sede simplesinha




Entramos. Um vestido (!) feito de rótulos das garrafas já me chamou a atenção. Veio um moço até nós. 
- Tem como a gente provar alguns vinhos? 
- Vcs tem reserva? 
- Não :(
- Peraí um instantinho...
Venham comigo que vou mostrar a mesa de vocês. 
Bingo! Uma mesinha bem de frente pros vinhedos, e o espaço do restaurante era bem agradável e arrumadinho. 


Enquanto caminhávamos até a mesa: uai, mas quanto será? MEDA de empurrarem 16 vinhos na gente e cobrarem cenzão (Euros!!!) Por cabeça!!! 





O moço: vcs que dizem quanto é: temos vinhos de noventa centavos a... e falou um valor alto lá, nem me lembro quanto.

Então: Não foram os gregos que inventaram a democracia? Foi disso que gostei: vc escolhe o que quer e paga o que consome. Nada de pacote fechado, uêba! 







Solzão danado, eu queria um rosé. Era justo o de noventa centavos. Uêba de novo! Tacinha de 30ml pra degustar. O Cristiano foi de branco 100% Assyrtiko, uva autóctone de Santorini. Dá uma googlada aí pra ver o que é uva autóctone! Aprendi dia desses também ;)




100% Assyrtiko: autóctone!

E pra comer? Santorini tem fava autóctone tb (fava autóctone eu inventei agora, rá!) Pede a fava, né, porque a gente nāo sabe se vem aqui de novo... 

A fava, por favor. É um purê de fava, essa entrada. O garçom avisou: tem que ter um pãozinho junto. Ok, traz pãozinho, please. 
Era muuuuito bom, uma pasta de favas batida com folhas de alcaparras,  com azeite e alcaparras em cima. 

Papo vai, papo vem, eu já com uma taçona de 150ml do rosé e o Cristiano já no segundo branco, os dois avançando firmes na fava e ele teve o insight

- Big, isso é vatapá grego! 
- Noooossa, é meeeeesmo! Um creme amarelo, pesado, que precisa de um bração forte pra mexer!  

Ei-lo: the greek vatapá

Explico: o que no vatapá é pão, aqui é a fava de Santorini, que dá a sustância da coisa. O dendê baianao é o ótimo azeite de oliva das azeitoneiras de lá(piadinha, eu sei que é oliveira). A alcaparra e suas folhinhas fazem as vezes de camarão seco. 

A típica culinária greco-baiana! 

Eu comia sem parar e só pensava: vatapá grego. Que gênio, que gênio! 

 Sobremesa: um capítulo a parte. Limão em várias texturas: creme, gelatina, sorvete e uma farofinha de amêndoas. Maravilhosamente maravilhosa. Pra acompanhar, Vinsanto. É tipo um vinho do Porto, fortificado e docinho. “Perfect pairing”, falou o moço puxando o nosso saco J

Limão, limão e limão


O perfect pairing do moço

Conclusão: o que era entrada virou almoço. A comida estava melhor do que os vinhos (é o meu jeito de dizer que não achamos os vinhos gregos lá essas coisas não)  #ficaadica

A vinícola democrática




 Domaine Sigalas: Baxes, Oia, Santorini 847 02, Grécia







quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Voltando em grande estilo - Grécia


Ele voltou, ele voltou! Depois de um break de anos, conversando com dois amigos super gourmet, bateu aquela saudade do Furando. Baianomode on, deitei e esperei a saudade passar, mas passou nada! Então taí, furando a dieta tudo de novo! 
Pra (re)começar, um giro pelo berço da civilização ocidental: Bora pra Grécia!



Mykonos - Praia com toque gastrô

Em Mykonos dá pra brincar de rhycco sem gastar uma fortuna, gente! Descobrimos, na praia de Plati Yiallos, uma megapromo (alô, galera do cupom!) que valeu muito a pena. 
A Dr. Oyster é uma barraca restaurante de praia super chique, como vááááários daquela regiāo. De Plati Yiallos até Super Paradise é tudo muito descolado, sendo que Plati e Paraga beach sāo de uma chiqueza só, olha essas fotos: 




O melhor custo-benefício que encontramos foi na Dr Oyster, entāo passamos o dia por lá. Sente só o clima: Conforto, música boa e no volume correto - delícia! 






Valeu a pena encarar o marzāo na temperatura cachoeira só pra sentar nessas poltronas: coisa fina! 


Claro que antes da pose teve o momento comédia pastelāo, quando tentei subir na poltroninha em que o Cristiano estava, a bicha acabou virando e fomos os dois pra água.... risos discretos dos coleguinhas educados de praia, tirando eu e um gringo gordinho bem ao lado, que rimos muito. E alto. 




Voltando ao chiquetê: a comida era gostosa e muito elaborada, tipo restaurante sofisticado mesmo. De entrada, escolhi salada grega e de principal um peixe grelhado. O meu peixe com purê de cenoura tava dez, e ainda tinha uma taça de vinho pra acompanhar! O branco era tāo leve que nem parecia bebida. 




Tudo isso saiu por 21 euros no fim das contas, pra nós dois.  Uma pechincha em se tratando daquelas bandas! Lembrei de Jurerê  Internacional, mas sem a ostentação de lá, todo mundo muito mais relax, só na greek vibe ;)



Dr. Oyster - Platis Yallos, Mykonos