Uma das poéticas |
O povo se empoleira todo pra ver o pôr do sol
The pôr-do-sol |
De noitinha |
De noitão |
Entāo bora chegar na cara dura pra ver se dá certo
uma provinha?
Estávamos em Oia e a Domaine Sigalas era a vinícola mais próxima
do nosso hotel.
Quando fomos pra Mendoza, visitamos umas vinícolas bem bonitas. Só que dessa vez, em Santorini, a sede da Domaine era tão feinha simples que dava até dó... mas vambora que não temos
nada a perder.
A sede simplesinha |
Entramos. Um vestido (!) feito de rótulos das garrafas já
me chamou a atenção. Veio um moço até nós.
- Tem como a gente provar alguns vinhos?
- Vcs tem reserva?
- Não :(
- Peraí um instantinho...
- Venham comigo que vou mostrar a mesa de vocês.
Bingo! Uma mesinha bem de frente pros vinhedos, e o espaço do
restaurante era bem agradável e arrumadinho.
Enquanto caminhávamos até a mesa: uai, mas quanto será? MEDA de
empurrarem 16 vinhos na gente e cobrarem cenzão (Euros!!!) Por cabeça!!!
O moço: vcs que dizem quanto é: temos vinhos de noventa centavos
a... e falou um valor alto lá, nem me lembro quanto.
Então: Não foram os gregos que inventaram a democracia? Foi
disso que gostei: vc escolhe o que quer e paga o que consome. Nada de pacote
fechado, uêba!
Solzão danado, eu queria um rosé. Era justo o de noventa
centavos. Uêba de novo! Tacinha de 30ml pra degustar. O Cristiano foi de branco
100% Assyrtiko, uva autóctone de Santorini. Dá uma googlada aí pra ver o que
é uva autóctone! Aprendi dia desses também ;)
100% Assyrtiko: autóctone! |
E pra comer? Santorini tem fava autóctone tb (fava autóctone eu
inventei agora, rá!) Pede a fava, né, porque a gente nāo sabe se vem aqui de
novo...
A fava, por favor. É um purê de fava, essa entrada. O garçom
avisou: tem que ter um pãozinho junto. Ok, traz pãozinho, please.
Era muuuuito bom, uma pasta de favas batida com folhas de
alcaparras, com azeite e alcaparras em
cima.
Papo vai, papo vem, eu já com uma taçona de 150ml do rosé e o
Cristiano já no segundo branco, os dois avançando firmes na fava e ele teve o insight:
- Big, isso é vatapá grego!
- Noooossa, é meeeeesmo! Um creme amarelo, pesado, que precisa
de um bração forte pra mexer!
Ei-lo: the greek vatapá |
Explico: o que no vatapá é pão, aqui é a fava de Santorini, que dá a sustância da coisa. O dendê baianao é o ótimo azeite de oliva das azeitoneiras de lá. (piadinha,
eu sei que é oliveira). A alcaparra e suas folhinhas fazem as vezes de camarão
seco.
A típica culinária greco-baiana!
Eu comia sem parar e só pensava: vatapá grego. Que gênio, que
gênio!
Sobremesa: um capítulo a parte. Limão em várias texturas: creme,
gelatina, sorvete e uma farofinha de amêndoas. Maravilhosamente maravilhosa.
Pra acompanhar, Vinsanto. É tipo um vinho do Porto, fortificado e docinho. “Perfect
pairing”, falou o moço puxando o nosso saco J
Limão, limão e limão |
O perfect pairing do moço |
Conclusão: o que era entrada virou almoço. A comida estava
melhor do que os vinhos (é o meu jeito de dizer que não achamos os vinhos
gregos lá essas coisas não) #ficaadica
A vinícola democrática |
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